Sociedade incrivel esta em que vivemos.
Não tenho bem a noção a nivel global, mas está-me a parecer que o que está a dar é as gerações rebeldes com as miudas de 13/14 anos com comentários e observações do genero:
E o pobre do cachorrinho... que não é musculado, garanhão, não tem look rebelde nem é todo bom, que se lixe! -.-
Que leve pontapés e seja gozado e criticado ao máximo. E se, por causa dos pontapés, passar a coxear e tiver um coxear engraçado, a diversão aumenta. Torna-se num animal muito engraçado.
E se ele ficar agressivo, não se percebe, o cão que baixe a bolinha, mas é, antes que irrite alguém. Ou que fuja então, o cobarde do cão. Que fuja que nem uma menininha...
E foge...
O cão foge...
Se não pode lutar, ele foge...
Foge para onde o silêncio reina, para onde não há risos, onde não há passos, onde não há mais nada para além dele e a escuridão a protegé-lo.
Porque a luz é má.
A luz permite que o vejam.
Os passos simbolizam pessoas a se aproximarem.
Os risos relembram o quanto se divertem à custa dele.
No entanto, ali... Mergulhado na escuridão e no silêncio, ele está seguro.
E, pela primeira vez, consegue descansar. Baixa a cabeça e estende-se no chão esperando que a dor nas patas passe aos poucos e poucos. Reza para que aquele minuto de descanso e de paz dure. Porque ali, pela primeira vez em muito tempo... Sente-se bem.
Ali...
...onde é, finalmente, possivel conseguir descansar... ter paz...ter segurança...
...naquele silêncio profundo onde até dá a sensação que os próprios pensamentos são audiveis como
Murmúrios no Silêncio.
Que este blog não seja mais que isso. Que não seja mais que aqueles momentos em que, no silêncio, os pensamentos se oiçam. Que sejam eles, nem que seja por um bocado, murmúrios.