segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A ilusão

É raro quem não veja um espelho todos os dias. Um espelho onde nos penteamos, onde nos olhamos depois de vestidos,...

Um espelho que exibe o nosso reflexo em que nos olhamos e sabemos perfeitamente que se essa imagem levantou o braço esquerdo é porque levantamos o direito... Essa imagem que copia tudo o que fazemos, mas ao contrário.


E é no contrário que nos baseamos todos os dias. No oposto daquilo que queremos. Passamos a vida toda a admirar o que não queremos ser ou fazer.

Não matar, não roubar, não atravessar uma estrada sem olhar primeiro, não isto, não aquilo,... Porque houve quem fizesse disso e que se deu mal. Sejamos então o oposto disso! Sejamos o contrário disso tudo! Porque o contrário é bom(?). Porque o oposto de uma coisa má é uma coisa boa(?). Atravessemos as estradas olhando cuidadosamente porque houve quem não o fizesse e que se deu mal. E sejamos honestos porque a desonestidade é má.


A própria lei pune quem fizer o contrário do que é bom.

E a menos que se prove que uma pessoa é desonesta, ela é honesta. A menos que se prove que uma pessoa é má, ela é boa.


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Dou oficialmente então os parabens a todas as BOAS PESSOAS que existem no mundo!

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Porque o oposto do mau, é o bom. Se uma pessoa não fez nada de mau, é boa, e é bem mais facil de provar quando uma pessoa é má de que quando é boa. Então... Uma pessoa é boa a menos que provem o contrário.

Todo o mundo funciona assim, felizmente, porque o contrário disso iria ser o mais absurdo possivel. Que tal enviar para a prisão todas as pessoas que não conseguirem provar que não violaram uma lei? (Pobre daquele que funcionar desta maneira.)

O certo é que uma pessoa boa (e que se sente boa), nem sempre é boa por fazer coisas boas, mas sim por não fazer coisas más.


Porque nós nem sempre tentamos fazer o que é bom. Simplesmente, por vezes, nós tentamos não fazer o que é mau.




Como se alguma vez o contrário de mau...

...fosse bom!


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